Pesquisa aponta os fatores que influenciam para o risco de suicídio na enfermagem

Pesquisa aponta os fatores que influenciam para o risco de suicídio na enfermagem

Atualizado em 13/03/2023 às 03:49

Estudos revelaram que enfermeiros apresentam alto risco para o suicídio.

Registros apontam que em alguns países o risco de suicídio entre os enfermeiros e técnicos de enfermagem é maior do que na população geral, a exemplo da Dinamarca, Austrália, e Nova Zelândia, enquanto na Noruega apresentam uma prevalência de suicídio consumado maior do que em outros profissionais da saúde. Encontram-se como fatores de risco: a depressão, baixa realização pessoal e Síndrome de Burnout.

Depressão

O risco de suicídio correlacionou-se positiva e  significativamente com a depressão. Estudos mostraram que a prevalência de sintomatologia depressiva é mais acentuada entre os profissionais da enfermagem. Ao utilizar a técnica de reconstrução diagnóstica conhecida (autópsia psicológica), percebeu-se que o transtorno psiquiátrico é um dos maiores fatores de risco para o suicídio e que o comportamento suicida é bastante frequente entre a maioria dos grupos de pessoas com diagnósticos psiquiátricos, sendo o transtorno depressivo maior o mais prevalente entre as vítimas de suicídio.

Baixa realização pessoal

Estudos revelaram haver uma correlação entre risco de suicídio e realização pessoal. Quanto menos o enfermeiro estiver realizado com o exercício de sua profissão, mais lhe aparecerá respostas negativas para consigo mesmo e seu trabalho, sintomas como baixa autoestima, irritabilidade, diminuição do interesse pela atividade sexual, falta de apetite, evitação de relação interpessoal com os colegas, sentimentos autopunitivos, baixa produtividade, desinteresse pelo trabalho e depressão, com muita probabilidade de aumentar o risco de suicídio. Em contrapartida, ocorreu correlação negativa e significativa entre o risco para o suicídio com a autoestima elevada e a realização pessoal.

Referências

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