Tráfico internacional escondia cocaína em estômagos de bolivianos

Última atualização: 01/02/2025

Uma operação da Polícia Militar Rodoviária em Pederneiras (SP) desmantelou uma rota de narcotráfico internacional na última semana. Três bolivianos foram interceptados durante uma fiscalização de rotina em um ônibus que circulava pela Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros. Durante a abordagem, os agentes localizaram 83 cápsulas de cocaína em uma mochila pertencente aos suspeitos.

No entanto, a situação tornou-se mais complexa após exames médicos: os indivíduos haviam ingerido 330 cápsulas da droga, totalizando mais de 3 kg de entorpecentes escondidos no sistema digestivo.

Método de transporte põe vidas em risco

Os detidos foram encaminhados a um hospital após apresentarem sinais de mal-estar grave. Sob monitoramento, passaram por procedimentos de emergência para remoção das cápsulas, que estavam distribuídas entre o estômago e o intestino. Autoridades alertaram que a prática de engolir cápsulas para burlar fiscalizações é recorrente em redes criminosas, mas a quantidade encontrada surpreendeu até investigadores experientes.

Um representante da corporação destacou o perigo iminente: “Cada unidade contém cerca de 10 gramas de cocaína pura. O rompimento de uma única cápsula no organismo poderia causar overdose fatal em minutos“.

Conexões com ações criminosas na região

A rodovia, que liga importantes cidades do interior paulista, tem sido alvo constante de operações policiais. Além deste caso, registros recentes incluem a apreensão de 210 tabletes de maconha em Florínea e a prisão de dois homens que transportavam cocaína em um ônibus interestadual.

Em Bauru, cidade vizinha, dois foragidos da justiça foram capturados na mesma semana, indicando que a região serve como eixo logístico para organizações transnacionais. Especialistas apontam que a estratégia de usar rotas terrestres e passageiros como “mulas” reflete a adaptação do crime às fiscalizações aéreas e marítimas.

Debates sobre exploração e combate ao narcotráfico

Enquanto os bolivianos aguardam processos judiciais, organizações de direitos humanos questionam as condições que levam indivíduos a assumirem riscos tão extremos. “Muitas vezes, são vítimas de coação ou vulnerabilidade econômica, manipuladas por redes bem estruturadas“, explicou um ativista. Por outro lado, autoridades reforçam a necessidade de investir em inteligência policial e cooperação entre países para interromper fluxos de drogas, principalmente em fronteiras pouco vigiadas.

O caso também reacende discussões sobre o impacto social do tráfico, que vai além da violência, atingindo comunidades inteiras. Veja também Estudante teve tumor no dedo por roer unhas.

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