Última atualização: 16/01/2022
Indicação
A vacina tríplice bacteriana (DTP) é indicada para prevenir a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis).
A vacina é administrada a partir dos dois meses de idade até os seis anos, 11 meses e 29 dias.
Observação:
• Ao indicar a vacinação com a tríplice bacteriana (DTP), considerar as doses administradas anteriormente e não reiniciar o esquema.
Contra-indicação
A vacina DTP está contra-indicada nas situações gerais referidas conforme orientado neste clinkxxxxx;
No que se refere às contra-indicações específicas, a vacina tríplice bacteriana não deve ser administrada em crianças com quadro neurológico em atividade e naquelas que tenham apresentado, após dose anterior, qualquer das seguintes manifestações:
• convulsões até 72 horas após a administração da vacina;
• colapso circulatório, com estado tipo choque ou com episódio hipotônico-hiporresponsivo (EHH), até 48 horas após a administração da vacina;
• encefalopatia nos primeiros sete dias após a administração da vacina.
Observações:
• Quando a vacina tríplice bacteriana é contra-indicada, devido à ocorrência de convulsões ou colapso circulatório (ver observação no item 4.8 a seguir), administrar a vacina tríplice bacteriana acelular (DTP acelular) ou, quando não disponível, a dupla tipo infantil (DT), conforme orientado no tópico 5 a seguir.
• Para os casos de encefalopatia está contra-indicada qualquer dose subseqüente, seja com a tríplice bacteriana ou acelular.
Composição
A vacina DTP é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico com a Bordetella pertussis inativada, tendo o hidróxido ou o fosfato de alumínio como adjuvante e o timerosal como preservativo.
Apresentação
A vacina DTP é apresentada sob a forma líquida, em ampola ou frasco de dose única, contendo 1,0 ml ou 0,5 ml, ou em frasco multidoses.
Conservação
A vacina DTP é conservada numa temperatura entre +2ºC e +8ºC
• A vacina DTP não pode ser congelada; caso atinja uma temperatura de 0ºC proceder conforme orientado neste clinkxxxxx;
• O congelamento provoca a desnaturação protéica e a desagregação do adjuvante (com formação de grumos), com conseqüente perda de potência e aumento dos eventos adversos locais (dor, rubor e calor).
Dose e volume
O esquema básico da DTP corresponde a três doses no primeiro ano de vida, com intervalo de 60 dias entre as 12. O intervalo mínimo é de 30 dias. O reforço é administrado 6 a 12 meses depois da terceira dose, de preferência aos 15 meses de idade, simultaneamente com a vacina tríplice viral (contra o sarampo, a rubéola e a caxumba) e com a vacina contra a poliomielite.
Observação:
• Quando a criança estiver com o esquema vacinal incompleto, faltando uma ou duas doses, dar continuidade ao mesmo considerando as doses administradas anteriormente.
Atualmente, o volume correspondente a uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor.
Via de administração
A vacina tríplice bacteriana (DTP) deve ser administrada por via intramuscular profunda.
Nas crianças menores de dois anos a injeção é feita no vastolateral da coxa e nos maiores pode ser utilizada a região do deltoide, na face externa superior do braço.
Administração
O vacinador, antes de administrar a vacina, deve:
• lavar as mãos e organizar todo o material: seringa, agulha e outros, conforme orientado neste clinkxxxxx;
• retirar a vacina do refrigerador ou da caixa térmica, verificando o nome da mesma, bem como o prazo de validade;
Observações:
• O frasco multidoses da vacina DTP, uma vez aberto, pode ser usado até o vencimento do prazo de validade, desde que mantido sob temperatura adequada (+2ºC a +8ºC) e adotados os cuidados que evitem sua contaminação.
• Vencido o prazo, desprezar o resto da vacina
• preparar a vacina, conforme orientado neste clinkxxxxx;
• aspirar o volume a ser administrado, verificando na graduação da seringa se a dosagem está correta;
Observações:
• Quando utilizar o frasco multidoses, ao aspirar cada dose, perfurar a borracha em locais diferentes, evitando a parte central da tampa.
• Antes de aspirar cada dose, limpar a tampa de borracha com algodão seco.
• Antes de aspirar cada dose, fazer um movimento rotativo com o frasco da vacina para homogeneização, evitando, assim, reações locais mais intensas.
• Utilizar na administração da vacina a mesma agulha que aspira a dose.
• Recolocar o frasco na caixa térmica ou no refrigerador até a aspiração de outra dose.
Atenção: Não é mais orientada a manutenção de uma agulha no frasco; a borracha utilizada atualmente apresenta melhor resistência às múltiplas perfurações, em conseqüência do constante aperfeiçoamento dos materiais.
• preparar a pessoa, colocando-a em posição segura e confortável, fazendo a limpeza do local da administração, se necessário.
O vacinador, para administrar a vacina, deve injetar o líquido lentamente.
Observação:
• A técnica utilizada para administrar a vacina DTP é a da injeção intramuscular, conforme orientado neste clinkxxxxx;
O vacinador, após administrar a vacina, deve:
• estar atento às reações imediatas;
Observações:
• Os eventos adversos à administração da vacina DTP apresentam-se, em geral, sob a forma de dor local com vermelhidão, edema e enduração, febrícula e sensação de mal-estar com intensidade variável e duração passageira.
• Na ocorrência de febre a partir de 38,5º, após a administração de dose anterior, é recomendado o uso de antitérmico profilático.
• As manifestações sistêmicas graves são raras, podendo apresentar-se como: convulsão (até 72 horas), episódio hipotônico hiporresponsivo – EHH (até 48 horas) e encefalopatia (dentro de sete dias), após o recebimento de qualquer uma das doses da DTP, devido ao componente pertussis.
• Também pode ocorrer reação imediata de natureza anafilática em razão de qualquer dos componentes da vacina DTP.
• Quando isso ocorrer deve ser fornecido um comprovante do médico ou outro profissional de saúde que atendeu ao caso, a fim de que a criança, no futuro, por ocasião da outra dose, receba a vacina indicada.
Observações:
• Os casos de eventos adversos devem ser notificados e investigados criteriosamente para definição da conduta quanto à continuidade do uso da vacina tríplice bacteriana, conforme orientado no Manual de Vigilância Epidemiológica dos Eventos Adversos pós Vacinação, ou seja:
– no caso da presença de convulsão nas primeiras 72 horas ou de EHH, nas primeiras 48 horas, utilizar para as doses subseqüentes, preferencialmente, a vacina DTP acelular (vacina tríplice bacteriana acelular);
– caso a DTP acelular não esteja disponível, a vacina DTP pode ser administrada com precauções em ambiente hospitalar ou administrar a dupla infantil (DT);
– para os casos de encefalopatia até sete dias após a administração da vacina, está contra- indicada qualquer dose subseqüente, seja com a vacina DTP ou com a DTP acelular; nestes casos administrar somente a dupla infantil (DT);
– para os casos de reação de natureza anafilática após a administração da DTP, está contra- indicada qualquer dose das vacinas DTP, DTP acelular, DT, dT e TT.
• desprezar a seringa e a agulha, conforme orientado neste clinkxxxxx;
• orientar a pessoa vacinada ou seu acompanhante para usar compressa fria no caso de dor ou vermelhidão no local da administração;
Observação:
• Não usar compressa quente no local em que a vacina foi administrada.
• lavar as mãos, conforme orientado neste linkxxxxx;
• registrar o número do lote e a validade da vacina administrada, conforme orientado neste clinkxxxxx;
• orientar a pessoa vacinada ou seu acompanhante sobre o retorno, quando for o caso, para complementar o esquema básico de vacinação.