Última atualização: 24/01/2025
A febre-amarela é uma doença infecciosa aguda, de origem viral, transmitida por mosquitos. Com potencial de evoluir para formas graves e fatais, sua prevenção é amplamente fundamentada na vacinação e em medidas de controle dos vetores. Recentemente, casos e mortes no estado de São Paulo evidenciaram a relevância contínua dessa doença.
O que é e como é transmitida?
Causada por um vírus do gênero Flavivirus, a febre-amarela possui dois ciclos principais de transmissão:
- Ciclo Urbano: Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue, zika e chikungunya. Embora erradicado no Brasil desde 1942, permanece uma preocupação em áreas urbanas densamente povoadas.
- Ciclo Silvestre: Envolve primatas não-humanos como hospedeiros e mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes como transmissores. Humanos que entram em áreas florestais sem vacinação podem ser infectados.
Sintomas
Os sintomas variam de leves a graves. Entre os leves estão:
- Febre súbita;
- Calafrios;
- Dor de cabeça e no corpo;
- Fadiga e fraqueza;
- Náuseas e vômitos.
Cerca de 15% dos infectados podem desenvolver a forma grave da doença, apresentando icterícia, hemorragias, insuficiência de múltiplos órgãos e até choque. A taxa de mortalidade entre esses casos graves varia de 20% a 50%.
Diagnóstico e tratamento
Não há um tratamento específico para o vírus, sendo o manejo focado no alívio dos sintomas. Pacientes graves necessitam de cuidados intensivos. Medicamentos como aspirina devem ser evitados, devido ao risco de hemorragias.
Vacinação: a melhor defesa
A vacina contra a febre-amarela é gratuita e altamente eficaz, oferecendo proteção de 95% a 99% para adultos. Desde 2017, uma única dose é suficiente para imunizar por toda a vida, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Quem não deve se vacinar?
- Crianças menores de 9 meses;
- Mulheres amamentando bebês de até 6 meses;
- Pessoas com alergia grave a ovos;
- Indivíduos imunossuprimidos ou em tratamento com quimioterapia.
Cenário atual
Em 2025, São Paulo já registrou duas mortes e seis casos confirmados, localizados em áreas do interior, como Socorro e Tuiuti. Apesar da redução de casos nos últimos anos, os dados reforçam a necessidade de vigilância constante.
A importância da prevenção
Além da vacinação, estratégias como controle de mosquitos e campanhas de conscientização são cruciais. O Brasil, com seu histórico de combate à febre-amarela urbana, tem a responsabilidade de manter a população protegida e informada sobre essa doença evitável. A vacinação e o diagnóstico precoce são fundamentais para mitigar os impactos da febre-amarela. Estar atento aos sintomas e procurar ajuda médica imediatamente em casos suspeitos pode salvar vidas. Ver Guia prático de imunização.