Se não fosse o SUS, o que seria de nós?

Se não fosse o SUS, o que seria de nós?

Atualizado em 31/01/2022 às 01:03

“Se não fosse o SUS”, é um documentário do Conselho Nacional de Saúde (CNS) lançado em 27 de janeiro de 2022 que retrata a potência do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento à pandemia no Brasil.

Produzido pelo cineasta Guilherme Castro, o filme destaca o Sistema Único de Saúde (SUS), como o principal protagonista nesta pandemia.

O documentário foi lançado pelo Conselho Nacional da Saúde (CNS), nesta quinta-feira (27/01), em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e com o Centro de Educação e Assessoramento Popular (Ceap). O filme mostra a essência e o sucesso do Sistema Único de Saúde SUS e mostra também a responsabilidade que o SUS tem na assistência aos pacientes e por salvar centenas de milhares de vidas durante a pandemia da Covid-19. Desde a criação do sistema público de saúde brasileiro, em 1988, o SUS nunca foi tão presente e tão requisitado como vemos nesta pandemia. Hoje nos perguntamos: “Se não fosse o SUS, o que seria de nós?” 

Hoje, depois de 2 anos de pandemia, conseguimos olhar para trás e ver a força e a importância que o SUS tem e o quando devemos defender-lo e fortalece-lo.

O documentário, foi produzido e dirigido pelo cineasta Guilherme Castro, e destaca, o Sistema Único de Saúde (SUS), como o principal protagonista nestes últimos nos últimos dois anos, ao retratar o cotidiano dos serviços de saúde e o dia a dia do Controle Social no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

“Estamos vivendo um dos momentos mais difíceis e importantes da vida no nosso país. É um momento de luto e de luta, mas é também um momento de esperançar e de celebrar a vida de milhões de brasileiros e brasileiras que tiveram as suas vidas salvas pelo Sistema Único de Saúde – SUS”, diz o presidente do Conselho Nacional de Saúde CNS, Fernando Pigatto.

“Apesar do luto coletivo, é preciso marcar em letras muito grandes que somente foi possível responder à pandemia porque nós temos o SUS. Ele está vivo e não apenas nas ações de vigilância”, comenta o representante da Opas no Brasil, Fernando Lelli.

O cineasta, Guilherme Castro, afirma que é fundamental destacar o debate do Controle Social na Saúde com a sociedade, porque “não se trata apenas do SUS, o que está em questão é a democracia e educação política e a capilaridade que tem esse processo”, diz ele.

Quando relembra as produções audiovisual sobre o SUS: “Saúde”, em 2017 e “SUS em Defesa da Vida”, em 2020, o cineastra diz: “Revisitar este tema do Controle Social, da atenção básica dos modelos de saúde e das disputas que estão em torno disso é, para mim e para a minha equipe, sensacional”.

A produção do documentário do CNS integra as ações do projeto de Formação para o Controle Social no SUS, desenvolvido pela Comissão Nacional de Educação Permanente do CNS e realizado em parceria com o Ceap.

Origem e princípios do SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS), foi criado em 1988 pela Constituição Federal Brasileira (CF). A Constituição determina que é dever do Estado garantir saúde a toda a população brasileira. O inicio do SUS se deu nas décadas de 70 e de 80, quando diversos grupos sociais se engajaram no movimento sanitário, com o objetivo de pensar, em um sistema público de saúde, que fosse suficientemente capaz de garantir o direito universal à saúde e melhorar o atendimento à população.

Segundo a Lei n.º 8.080, de 19 de Setembro de 1990, o Sistema Único de Saúde (SUS) tem os seguintes princípios:

  • I – universalidade de acesso aos serviços de saúde em todos os níveis de assistência;
  • II – integralidade de assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;
  • III – preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral;
  • IV – igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
  • V – direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua saúde;
  • VI – divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;
  • VII – utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades, a alocação de recursos e a orientação programática;
  • VIII – participação da comunidade;
  • IX – descentralização político-administrativa, com direção única em cada esfera de governo:
  • a) ênfase na descentralização dos serviços para os municípios;
  • b) regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde;
  • X – integração em nível executivo das ações de saúde, meio ambiente e saneamento básico;
  • XI – conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população;
  • XII – capacidade de resolução dos serviços em todos os níveis de assistência; e
  • XIII – organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

Ficha Técnica

Equipe de Conteúdo (Ceap): Nara Peruzzo e Valdevir Bot; Roteiro e Direção: Guilherme Castro; Direção de Fotografia: Leco Petersen; Assistente de Câmera / Operador 2° Câmera: José Carlos Soares; Montagem e Finalização: Alfredo Barros; Captação de Som: Guilherme Cássio; Edição de Som e Mixagem: André Sittoni; Direção de Produção: Kátia Samara; Assistente de Produção / Brasília: Paulo Ávila; Centro de Educação e Assessoramento Popular (Ceap); Promoção: CNS – Conselho Nacional de Saúde; Comissão Intersetorial de Educação Permanente para o Controle Social no SUS – CIEPCSS; Uma parceria: Organização Pan–Americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde Américas; Produção: GC Filmes

Assistir ao Documentário

One comment

  1. Que garante um atendimento para todas e para todos em todo o território nacional. Nós percebemos agora durante a pandemia a importância do Sistema Único de Saúde porque quem salvou vidas não foi o sistema privado de saúde. … Portanto repito: defender o SUS é defender a vida.

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