Para o Sistema Único de Saúde (SUS), a prevenção em saúde, no nível secundário, envolve a detecção e intervenção precoce de doenças ou condições de saúde antes que se tornem mais graves. O objetivo é identificar problemas de saúde em seus estágios iniciais, quando o tratamento é mais eficaz e as chances de recuperação são maiores.
A prevenção secundária é realizada por meio de várias estratégias, incluindo:
- Rastreamento e diagnóstico precoce: A realização de exames de rastreamento e diagnóstico precoce permite identificar doenças em estágios iniciais, mesmo quando os sintomas ainda não se manifestaram. No Brasil, há programas como o de rastreamento do câncer de mama com a realização de mamografias periódicas e o rastreamento do câncer de colo do útero por meio do teste de Papanicolau.
- Monitoramento e controle de doenças crônicas: A detecção e o acompanhamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, são fundamentais para prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. No Brasil, o Programa Nacional de Controle da Hipertensão e Diabetes é um exemplo de estratégia de prevenção secundária que visa identificar e tratar precocemente essas doenças.
- Aconselhamento e intervenção breve: A identificação de indivíduos em risco ou com sinais iniciais de uma condição de saúde e a oferta de aconselhamento e intervenções breves, como orientação para mudanças no estilo de vida ou tratamento medicamentoso, também fazem parte das ações de prevenção secundária.
- Atenção à saúde mental: A detecção precoce e o tratamento de transtornos mentais, como depressão e ansiedade, também são componentes importantes da prevenção secundária. A rede de atenção psicossocial no Brasil, incluindo os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), tem um papel fundamental na identificação e no tratamento de problemas de saúde mental na população.
A Atenção Primária à Saúde (APS), por meio da Estratégia Saúde da Família (ESF), desempenha um papel fundamental na prevenção secundária.