O que são?
Durante o tratamento homeopático, o médico homeopata busca individualizar ao máximo seu paciente a fim de encontrar o medicamento que mais se adapte às suas queixas e que seja o mais semelhante possível ao indivíduo, ao que chamamos medicamento SIMILLIMUM.
Estes medicamentos são substâncias extraídas da natureza a partir de plantas, animais ou minerais, e que são preparados por um processo especial denominado Dinamização.
Como são preparados ?
Em homeopatia consegue-se a dinamização através de dois processos: a diluição e agitação da substância.Isto é feito com o objetivo de possibilitar a liberação do potencial energético específico que cada substância contém, eliminando sua toxicidade, permanecendo somente sua capacidade medicamentosa e curativa. A esta agitação especial denomina-se sucussão: É o ato de sacudir, agitar uma substância diluída, à temperatura ambiente. Hahnemann, o criador da homeopatia, percebeu que através deste processo de agitação, vibração ou saculejamento dos medicamentos homeopáticos em forma líquida, ocorre liberação de sua informação por intermédio da uma vibração molecular. Imaginem só! Isto ele percebeu em fins do séc. XVIII. Partículas do medicamento quando agitado fortemente, batem contra as paredes do vidro liberando ainda mais energia, o mesmo que ocorre quando chocam-se entre sí. Este processo é feito rotineiramente nas farmácias homeopáticas.
Como é a apresentação dos medicamentos?
Nomenclatura: Podemos observar que os medicamentos homeopáticos têm uma nomenclatura própria. A identificação no frasco traz o nome seguido por letras e números.
O nome vem da substância que lhe deu origem. É escrito sempre em latim, em letra grifada, sendo o primeiro nome com inicial maiúscula e, no caso dos nomes compostos, o segundo em minúscula. Por exemplo: Calcarea carbonica, Lycopodium clavatum, Sepia succus, etc.
Escala: Seguindo o nome científico da substância, aparecem as letras que tem a função de designar a escala e o método utilizado na preparação do medicamento.
As letras CH , significam “centesimal hahnemanniana”, que poderá aparecer antes ou depois do número, que traduzirá a potência. O “CH” indica que a diluição da substância foi de 1:100 e que as dinamizações (diluição + sucussão)foram feitas manualmente.
Caso no medicamento pareça somente a letra C, significa que ele sofreu a mesma diluição de 1:100, mas não foi especificado o método utilizado. As sucussões (agitações) podem ser feitas através do método manual ou “fluxo contínuo”, neste caso utiliza-se um braço mecânico que reproduz o movimento manual ou um aparelho (de fluxo contínuo) especialmente construído para chegar às altíssimas potências.
Temos a escala decimal, criada pelo médico inglês Constantine Hering, designada pelas letras D ou X, e indica que nesta escala a diluição é de 1:10, mas o número de agitações permanece em 100.
Temos ainda a escala 50 milesimal ou LM, que é uma escala que apresenta peculiaridades próprias, onde as substâncias são inicialmente preparadas numa trituração, depois iniciam-se diluições à proporção de 1:50.000. Para alguns homeopatas, esta relação entre medicamento e diluição, determina um desenvolvimento da uma força medicamentosa ainda maior.
Forma de Apresentação: Além das escalas, podemos comentar a respeito da apresentação destes medicamentos, que podem ser apresentados na forma de glóbulos, pastilhas, líquido ou em pó (embrulhado em papéis) devendo ser diluído em água, esta apresentação é muito utilizada no Rio de Janeiro.
Quais são os cuidados necessários na conservação?
A informação que veicula o medicamento homeopático é de caráter energético e sutil. Ele foi cuidadosamente preparado na farmácia, para que sua capacidade medicamentosa (energização) se mantenha. Alguns cuidados também devem ser seguidos a nível domiciliar:
1. Não se deve tocar nos glóbulos, e sim passá-los diretamente do frasco para a boca ou para tampa, e dela para boca.
2. Os medicamentos são sensíveis a cheiros fortes (perfumes, produtos de limpeza, etc.) e radiação (TV, Sol, microondas, etc.), assim devem permanecer guardados em locais distantes destas fontes.
3. Evidentemente, como todo medicamento, devem ser mantidos fora do alcance das crianças, e nunca usar o termo “balinha”, pois é uma comparação que estimula o consumo destes remédios pelas crianças.
4. Esqueça aquele velho adágio: “Se a homeopatia não faz bem, mal também não fará”. Os medicamentos homeopáticos podem ser utilizados até mesmo por bebês ou grávidas, desde que indicados por um médico homeopata, e nunca serem usados indiscriminadamente. Os medicamentos homeopáticos atuam de forma energética, e, quando mal administrados podem desequilibrar o organismo. Medicamentos devem ser tomados quando absolutamente necessários.
E a validade?
Os prazos são na verdade indeterminados, porém, não são passíveis de alterações. Devemos considerar que se tratam de produtos farmacêuticos, cujos prazos de validade são determinados principalmente pelos veículos utilizados (geralmente álcool, água, lactose, sacarose ou glicerina), além das condições de armazenamento.
Normalmente está escrito no rótulo o prazo médio de validade, que visa garantir a qualidade do medicamento. Aconselhamos que o estoque de medicamentos, em bom estado de acondicionamento e conservação, devam ser renovados periodicamente a cada 4 ou 5 anos.