Alerta do Ministério da Saúde: aumento de casos de Febre Amarela preocupa quatro Estados

Última atualização: 08/02/2025

O Ministério da Saúde emitiu um alerta sobre o aumento da incidência de febre amarela em quatro estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais, Roraima e Tocantins. O comunicado, enviado às secretarias estaduais de saúde, ressalta que a doença, cuja transmissão é mais comum entre dezembro e maio, vem apresentando um crescimento significativo neste início de 2025. Diante desse cenário, o governo recomenda uma intensificação das campanhas de imunização, além do reforço na vigilância epidemiológica nas regiões de maior risco. Em especial, São Paulo concentra o maior número de registros da doença neste início de ano.

Medidas emergenciais e ampliação da vacinação

Para conter o avanço da febre amarela, o Ministério da Saúde anunciou o envio de um lote emergencial de vacinas para São Paulo, totalizando 2 milhões de doses até fevereiro, das quais 800 mil são adicionais ao que já estava previsto. Apenas em janeiro, 1 milhão de doses já haviam sido distribuídas no estado.

A decisão de reforçar o abastecimento da vacina foi tomada em uma reunião do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e Outras Arboviroses (COE Dengue), realizada no final de janeiro, com a presença de representantes da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

Além da ampliação da vacinação, o governo federal está colaborando com as autoridades estaduais na investigação de casos suspeitos e confirmados, com destaque para o município de Ribeirão Preto, que apresenta sinais de circulação ativa do vírus.

O ministério assegurou que o estoque de vacinas no país está regularizado e os envios continuam sendo realizados conforme a demanda dos estados, responsáveis pela distribuição aos municípios. Em 2024, o Brasil recebeu mais de 20,8 milhões de doses do imunizante contra a febre amarela. Em 2025, até o momento, já foram entregues 3,2 milhões de doses.

Recomendações para viajantes e grupos de risco

Diante do risco elevado de contaminação, o Ministério da Saúde reforça a necessidade de vacinação para quem planeja viajar para áreas afetadas ou regiões de mata e zonas rurais. Aqueles que ainda não receberam a vacina ou que tomaram a dose fracionada em 2018 devem procurar um posto de saúde pelo menos 10 dias antes da viagem.

Além dos viajantes, há uma recomendação especial para os seguintes grupos:

  • Moradores de regiões com circulação comprovada do vírus
  • Trabalhadores do campo, como agricultores e extrativistas
  • Pessoas que residem próximas a áreas de preservação ambiental
  • Indivíduos que frequentam zonas de mata por lazer ou trabalho

Idosos com mais de 60 anos devem passar por uma avaliação médica antes de se vacinar, para garantir que não há contraindicações.

Prevenção e cuidados individuais

A febre amarela é transmitida por mosquitos silvestres e pode evoluir para quadros graves, com alta taxa de letalidade. Embora a vacinação seja a principal forma de prevenção, o Ministério da Saúde destaca a importância de medidas adicionais para evitar a exposição ao vírus.

Entre as recomendações, estão:

  • Uso de roupas de manga longa e calças compridas
  • Aplicação de repelentes nas áreas expostas da pele
  • Evitar locais de mata fechada sem proteção adequada

Como os mosquitos transmissores são mais ativos durante o dia, essas precauções devem ser mantidas ao longo de toda a jornada.

Caso a pessoa apresente sintomas como febre alta, dores no corpo, dor de cabeça intensa, náuseas ou vômito, a orientação é buscar atendimento médico imediatamente e informar sobre eventuais deslocamentos para áreas de risco.

A febre amarela é uma doença grave, mas pode ser prevenida de forma eficaz com a vacinação e medidas de proteção individual. Diante do crescimento dos casos, a mobilização da população para se imunizar é fundamental para conter o avanço do vírus no país. Ver Febre-Amarela: Sintomas, riscos e a importância de estar imunizado.

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